Como as empresas estão investindo em saúde mental para funcionários?

Nos últimos anos, a saúde mental tem se tornado um tema central nas discussões sobre o ambiente de trabalho, especialmente com a nova Norma Regulamentadora Nº1 (NR-1), que tornará obrigatório, a partir de maio de 2025, o gerenciamento de riscos psicossociais nas organizações. Embora o Setembro Amarelo tenha trazido destaque ao assunto, as ações em prol da saúde mental não devem se restringir a um mês específico. Para aumentar a qualidade de vida e o bem-estar dos colaboradores, muitas empresas estão começando a investir em estratégias que visam melhorar a saúde mental, refletindo diretamente em produtividade, engajamento e retenção de talentos.

De acordo com um estudo recente da Kenoby, 37,7% das empresas já oferecem benefícios focados na saúde mental dos colaboradores. Contudo, 38,7% das organizações que ainda não disponibilizam esses recursos planejam investir na área em até um ano. A pesquisa destaca que a liderança preza pela saúde mental, mas 93% dos colaboradores sentem que ainda há muita falta de atenção a esse tema. A importância de criar um ambiente que incentive o diálogo e o bem-estar se torna cada vez mais evidente, especialmente considerando que 67,4% das empresas já enfrentaram afastamentos devido a problemas emocionais.

Para auxiliar na implementação de estratégias eficazes, as empresas podem considerar algumas ações, como promover reuniões de feedback regulares, treinar líderes para identificar sinais de problemas emocionais e oferecer terapia online como benefício.

Estudos demonstram que um ambiente de trabalho que prioriza a saúde mental contribui para um aumento na produtividade, engajamento e satisfação geral dos colaboradores. Um funcionário emocionalmente saudável é mais propenso a ser proativo, colaborativo e comprometido com os objetivos da empresa.

O trabalho híbrido também se mostra uma tendência que favorece a saúde mental, com pesquisas apontando que trabalhadores nesse modelo relataram aumento na qualidade de vida e na produtividade. A flexibilidade no trabalho permite que os colaboradores equilibrem melhor as suas vidas pessoais e profissionais, o que é essencial para o bem-estar emocional.

Por fim, um investimento em saúde mental não só reduz o absenteísmo e o turnover, mas também melhora a imagem da empresa como um ótimo lugar para se trabalhar. As organizações que se comprometem genuinamente com o bem-estar emocional de seus colaboradores fortalecem sua reputação e atraem os melhores talentos, garantindo não só a saúde mental dos funcionários, mas também o sucesso a longo prazo da empresa.

Fontes:

Kenoby - Estudo sobre saúde mental nas empresas.

NR-1 - Norma Regulamentadora do Trabalho.

IWG - Pesquisa sobre trabalho híbrido e saúde mental.

Qulture.Rocks - Cases de empresas que investem em saúde mental.

Unolife - Análise sobre a NR1 e saúde mental.